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CAPA

EDITORIAL (pág. 2))
Nossos votos para que 2011 seja um ano com saúde, conquistas e realizações


ENTREVISTA (pág. 3)
Luiz Fernando Ferraz da Silva, coordenador do Bandeira Científica


EVENTOS 1 (pág.4)
Cremesp debate atualizações do CEM sob a forma de palestras


EVENTOS 2 (pág.5)
Eventos sobre urgência e emergência aconteceram na capital e no interior


GERAL 1 (JC pág. 6)
Veja opções de pagamento (pessoa física e jurídica)


ATIVIDADES 1 (pág. 7)
Encontro apresentou dados de pesquisa Datafolha encomendada pela Casa


EXAME DO CREMESP (pág. 8)
Iniciativa confirma urgência na qualificação do ensino da Medicina no Estado


PLANOS DE SAÚDE (pág. 10)
Coletiva de imprensa: seguradoras não priorizam os profissionais


SAÚDE MENTAL (pág. 11)
A abordagem multidisciplinar no tratamento do paciente psiquiátrico


GERAL 2 (pág. 12)
Lei do Ato Médico e a normatização de procedimentos exclusivos da Medicina


COLUNA DO CFM (pág. 13)
Canal de comunicação dos representantes do Estado no CFM com médicos e sociedade


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GERAL 3 (pág. 15)
Destaque para a presença do Cremesp em almoço oferecido à presidente eleita


GALERIA DE FOTOS



Edição 277 - 12/2010

ATIVIDADES 1 (pág. 7)

Encontro apresentou dados de pesquisa Datafolha encomendada pela Casa


Cremesp discute relação entre médicos e indústria

Conflito de interesses constitui um conjunto de condições nas quais o julgamento de um profissional a respeito de um interesse primário tende a ser influenciado indevidamente por um interesse secundário, conforme conhecida definição do filósofo Dennis F. Thompson, PhD da Universidade de Harvard.


Da esq. p/a dir.: Bacheschi, Luna Filho e Reinaldo Ayer

Os eventuais conflitos da relação entre os médicos e laboratórios – e se existem formas de convivência pacífica e ética entre esses dois atores –, foram tema do seminário A Relação entre os Médicos e as Empresas Farmacêuticas, de Equipamentos, Órteses e Próteses, promovido pelo Cremesp, em 26 de novembro. O evento estava programado desde que a entidade encerrou, em meados deste ano, a fase quantitativa de pesquisa para verificar a visão dos médicos paulistanos sobre esta delicada relação. O evento foi aberto pelo presidente do Conselho, Luiz Alberto Bacheschi.

Pesquisa Cremesp: o embrião
O conselheiro Bráulio Luna Filho, coordenador do projeto, apresentou os resultados do estudo realizado pelo Instituto Datafolha entre o final de 2009 e início de 2010. As respostas de cerca de 600 médicos de diversas especialidades destacam pontos interessantes, que incluem: a maioria acha que congressos não seriam realizados sem a presença da indústria, porém mais da metade dos entrevistados (51%) pensa que isso não deveria acontecer.
 
O conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira apresentou dados preliminares da fase qualitativa do estudo, ainda em execução. Em geral, os voluntários consideram os laboratórios “bem agressivos” em sua abordagem. Há, ainda, outras afirmações contundentes. “Um gestor de hospital privado ressaltou que as instituições estão ganhando mais na realização de exames e na farmácia do que em hotelaria”, apontou.

Com mediação do conselheiro do Cremesp, José Marques Filho, a mesa Conflito de Interesses e Evidências Científicas teve, entre outros convidados, a jornalista da Folha de S. Paulo Cláudia Collucci, que lembrou que os profissionais da imprensa também passam por conflitos de interesses ao serem bancados por empresas para, por vezes, viajar e cobrir congressos médicos.

A regulamentação existente no Brasil sobre propaganda de remédios também foi abordada em mesa redonda, coordenada pela conselheira Ieda Terezinha Verreschi. Dela participaram Carlos Vital, 1° vice-presidente do CFM; Vera Valente, da Interfarma (entidade que congrega 35 laboratórios instalados no Brasil); e Dirceu Raposo, diretor-presidente da Anvisa, que declarou: “se eu acho que a propaganda influencia na prescrição? Claro, ela é feita para influenciar mesmo!”

Primeiros passos
Segundo Luna Filho, “uma jornada longa começa com os primeiros passos e, por isso, somos humildes em nossos objetivos deste encontro. O Conselho de São Paulo não pretende se isentar da discussão, alinhavando sugestões passíveis de, no futuro, se tornarem recomendações e diretrizes”, garantiu.

Ao final do evento, polêmico em alguns momentos por agregar representantes dos dois polos de discussão – médicos e indústria –, esboçaram-se algumas sugestões sobre discussões futuras, como solicitar um posicionamento firme em relação ao tema por parte do Ministério da Saúde; melhorar o honorário do médico, para que este não fique vulnerável ao assédio da indústria; expurgar a figura do “agente de vendas” (que faz propagandas de produtos) dos meios universitários; e impedir que “amostras grátis” sejam oferecidas depois de quatro anos da comercialização de medicamentos.

No free lunch
Há médicos que não se sentem nada confortáveis em contar com o apoio de laboratórios em educação continuada e outros eventos científicos. Em alguns momentos do seminário promovido pelo Cremesp se pôde ouvir de palestrantes a famosa frase There is no free lunch – em tradução livre do inglês para o português , “não existe almoço grátis”. Ou seja, quem investe quer algo em contrapartida.

Para falar sobre o assunto esteve presente o médico Guilherme Brauner Barcellos, do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Sul (Simers) e editor da campanha Alerta – Amostra Nunca é Grátis, voltada a apontar que, na maioria das vezes, os médicos são influenciados de maneira inconsciente pelas estratégias de marketing da indústria farmacêutica.

Gabriel Oselka é homenageado na Fmusp


Oselka (1º à direita), durante homenagem de alunos e docentes da Fmusp

O nome do pediatra Gabriel Oselka, coordenador do Centro de Bioética do Cremesp, tornou-se referência em áreas como Imunização e Bioética, além de ser citado, com frequência, em meios acadêmicos e entidades médicas, já que foi presidente dos conselhos Federal e Regional de Medicina.
 
No dia 8 de dezembro, foi a vez de Oselka receber uma homenagem – promovida em virtude de sua aposentadoria – na Faculdade de Medicina da USP (Fmusp), no anfiteatro do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas/HC. Muitos dos seus alunos, colegas contemporâneos de academia e profissão, além de amigos e admiradores, ressaltaram seu papel no cuidado com as crianças.

“Dentro de nossa formação médica tivemos a alegria de ser influenciados por uma geração que baseou seu trabalho em virtudes como sabedoria, justiça e generosidade. Oselka foi um dos maiores ícones para nós que trabalhamos com oncologia pediátrica”, disse Vicente Odone Filho, professor titular e médico onco-hematologista do Instituto de Tratamento Contra o Câncer Infantil do Hospital das Clínicas de São Paulo (Itaci), um dos primeiros a falar em nome dos colegas.



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