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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Aranha - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Gilberto Natalini


INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 4)
IOT é referência no tratamento e pesquisa de lesões do aparelho locomotor


CERIMÔNIA (pág. 5)
Cremesp homenageia médicos da Capital com mais de 50 anos de atividade


ESCOLAS DE MEDICINA (pág. 6)
Programa do Cremesp irá avaliar progressão do ensino médico


SAÚDE PÚBLICA (pág. 7)
Campanhas de prevenção às arboviroses se intensificam com proximidade do verão


URGÊNCIA E EMERGÊNCIA (págs. 8 e 9)
Pacientes graves esperam até dois dias por leito de UTI


SIMPÓSIO (pág. 10)
Comitês de Bioética ainda enfrentam desafios para sua criação em hospitais


EVENTOS (pág. 11)
Agenda


EU, MÉDICO (pág. 12)
Jovem médica recomenda esporte como estilo de vida


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Residentes pressionam governo paulista para pagamento de reajuste das bolsas


EDITAIS (Pág. 13)
Convocações


BIOÉTICA (pág. 15)
Bolsas para estudante de Medicina


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Edição 343 - 12/2016

EU, MÉDICO (pág. 12)

Jovem médica recomenda esporte como estilo de vida


                

Poderia ser atleta ou ginasta, mas Liana Tortato prefere praticar esportes apenas por lazer e não como especialidade, mas não deixa de recomendar a prática a pacientes e colegas. Filha de um ginecologista e uma pediatra, Liana escolheu a mesma carreira profissional dos pais. Formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMU SP), no segundo semestre de 2015, aos 25 anos.

Considera muito complicado um jovem, aos 17 anos, ter de fazer a escolha sobre o que irá fazer para o resto da vida. “Vi na Medicina várias possibilidades, porque mesmo depois de formada teria muitas escolhas”, conta.

A prática de esportes começou na infância. Por incentivo da mãe, fez natação, balé e, por vontade própria, ginástica acrobática por quatro anos.Atualmente faz aulas de circo duas vezes por semana e treina para corridas de revezamento, modalidade que começou a praticar por influência de uma amiga que conheceu ao ser voluntária nas Olimpíadas e Paralimpía­das Rio 2016.

Quando entrou na faculdade, fez parte da equipe de sete modalidades na competição de calouros, que passava por basquete, vôlei, futsal, handebol, tênis, natação e atletismo. Permaneceu praticando apenas aqueles com os quais tinha mais identificação. Até que começou a fazer parte da administração da Atlética da FMUSP, da qual chegou a ser diretora de marketing, e abandonou alguns esportes, mantendo-se apenas no atletismo, que a acompanhou durante os seis anos de curso. “Tiveram momentos da faculdade que foram bem difíceis. O esporte me ajudou a continuar porque me motivava”, lembra a médica.

USP-Harvard

Do terceiro para o quarto ano de faculdade, Liana se inscreveu para um programa de intercâmbio na Harvard School of Public Health e foi aprovada, juntamente com outros nove estudantes da FMUSP.

Foi a primeira vez que houve esse processo seletivo, já que muitos alunos estavam interessados no programa de intercâmbio, criado pelo professor Paulo Saldiva. “Alguns alunos descobriram que o professor tem um amigo que possui um laboratório de pesquisa na Faculdade de Saúde Pública de Harvard, com quem ele havia trabalhado. Então pediram ao professor para ir para Harvard. Deu certo. Outros laboratórios passaram a aceitar alunos da USP e mais gente começou a ir pra lá”, conta.

Liana ficou um ano morando em Boston e estudava os efeitos da poluição no sistema cardiovascular. Quando retornou, continuou a faculdade de onde parou, sem eliminação de matéria. Mas ela diz que não tinha pressa para terminar a graduação, pois sabia que, como médica, continuaria estudando a vida inteira para se atualizar. “Eu achava que, na formação básica, faltava muita coisa, por isso decidi fazer o intercâmbio”, comenta.

Em Boston, não deixou de praticar esportes. Além de correr com os amigos, mesmo sendo agnóstica, frequentou um grupo de estudos bíblicos da Boston University. Isso porque, além de achar os estudos interessantes, aos finais de semana, o grupo praticava diversos esportes. Ela participou de um grupo de dança na própria Harvard e até se apresentou em um festival de dança no teatro John Hancock Hall.

Prática médica

Neste primeiro ano depois de formada, a médica experimentou muitas possibilidades de trabalho: atendeu em pronto-socorro, deu cobertura em enfermaria, fez exame periódico e também atuou em ambulância, todos na rede privada. Trabalhou pouco em uma Assistência Médica Ambulatorial (AMA). Ela diz que gostaria de atuar no sistema público, mas considera que as condições de atendimento são desfavoráveis. E que a pressão para atender rápido é um risco na qualidade do atendimento, principalmente para o médico recém-formado, que possui pouca experiência.

A médica diz ter aprendido muito em todas as experiências: “é sempre bom estar se comunicando com pessoas que sabem mais que você. Manter sempre a humildade é muito importante”.

Como especialidade, ainda tem dúvida entre Psiquiatria e Ginecologia. “Parecem ser muito destoantes, mas, se eu seguir a Psiquiatria, quero trabalhar com crianças – e, assim, cuidar dos adultos do futuro. Na área da Ginecologia, minha ideia é criar um espaço em que eu possa promover o cuidado da mulher e auxiliar na prevenção das doenças, estimulando esporte e cuidado nutricional. Meu objetivo é desenvolver um trabalho sustentável”, sonha a jovem.

Quando participou de um projeto na faculdade, teve contato com profissionais de Fisiatria. “Eles interagiam muito com os fisioterapeutas e conseguiam resultados fascinantes”. Ainda assim, a Medicina Esportiva não lhe desperta o interesse. Prefere deixar a paixão pelo esporte apenas para o próprio bem-estar.


Exame do Board


Após se formar, ao invés de se inscrever para a Residência Médica, como a maioria dos recém-formados, Liana resolveu dedicar o ano de 2016 para estudar para os steps do exame de validação do diploma em Medicina, conhecido como United States Medical Licensing Examination (USMLE). Foi aprovada com êxito no primeiro step. E continua estudando para prestar o step 2, até o segundo semestre de 2017.

A jovem médica diz que resolveu fazer este caminho porque não quer apenas realizar atendimento assistencial, “mas alinhar também pesquisa e ensino”. E, por isso, segundo ela, a escolha em tentar fazer a Residência nos EUA, por valorizar mais a pesquisa do que no Brasil.

O USMLE é desenvolvido pelo National Board of Medical Examiners, que é referência para o Exame do Cremesp. Liana participou da avaliação em 2015, quando estava se formando. E diz ter se surpreendido: “ouvi dizer que não era uma prova boa, mas eu achei que o Exame do Cremesp testa diversas capacidades que um médico realmente precisa ter”. Para ela, “a prova ainda precisa ser aprimorada, mas, sem dúvida, é necessário ter no Brasil um sistema para avaliar o ensino médico”.


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