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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
Lavínio Nilton Camarim - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág. 3)
Mauro Hilkner Silva


INSTITUIÇÃO DE SAÚDE (pág. 4)
HC de Ribeirão Preto é referência terciária para 90 municípios da região Nordeste do Estado


REMUNERAÇÃO (pág. 5)
Cremesp já recebeu mais de 100 denúncias envolvendo remuneração médica


SUS (pág. 6)
SES-SP lança manual técnico com informações sobre arboviroses


ATO MÉDICO (pág. 7)
Cremesp aciona Justiça para garantir prerrogativas médicas


CRISE NA SAÚDE (pág. 8, 9 e 10)
Subfinanciamento da Saúde e má gestão levam Conselhos de Medicina a questionar MS


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Presidente do Cremesp é homenageado pela Santa Casa de Franca


EU,MÉDICO (pág. 12)
Flavio Henrique Nuevo Benez


JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Novas normas para Residência Médica devem vigorar a partir de 2018


EDITAIS (pág. 14)
Convocações


BIOÉTICA (pág. 15)
Escolha de antimicrobianos depende de reflexões éticas dos médicos


GALERIA DE FOTOS



Edição 350 - 08/2017

EDITORIAL (pág. 2)

Lavínio Nilton Camarim - Presidente do Cremesp


Cremesp será onipresente na luta pela Saúde

Uma das funções do Cremesp é fiscalizar os estabelecimentos de saúde e as condições de trabalho do médico dentro de nossa visão de promover e garantir o exercício ético da Medicina, tendo por princípio a melhoria das condições de vida e saúde da sociedade. E assim temos feito, acreditando contribuir para que o Sistema Único de Saúde (SUS) seja aperfeiçoado, podendo atender mais e melhor à população, especialmente a mais carente. Apenas até julho deste ano, o Cremesp realizou 536 fiscalizações e encontramos problemas nas instalações das instituições para o atendimento digno aos pacientes, número insuficiente de profissionais de saúde e falta de insumos e de condições básicas para que o profissional possa executar sua função. O CFM recebeu nosso relatório e o uniu ao dos demais Conselhos Regionais de Medicina de todos os Estados brasileiros. Fomos recebidos em audiência, em Brasília, no dia 19 de julho, pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, e entregamos a ele um dossiê, juntamente com o Manifesto em Defesa da Saúde Pública (conheça-o na pág. 9).

O ato se deu após uma declaração infeliz do ministro de que os médicos “fingem que trabalham”. Ao anunciar um sistema de biometria em hospitais públicos para verificação de presença para “profissionais de saúde improdutivos”, Barros omitiu que esses profissionais representam a absoluta minoria em nossa categoria.

Os médicos sabem que o Cremesp tem realizado esforços, ao longo dos últimos anos, no sentido de cobrar do Poder Público investimentos capazes de suprir o SUS de recursos suficientes para bom atendimento à Saúde. No entanto, o que temos visto é um percentual destinado, anualmente, de pouco mais de 3% do orçamento da União, e a aprovação da Emenda Constitucional 95/2016 – que congela os gastos com serviços de saúde nos próximos 20 anos, limitando-o à variação inflacionária –, além de uma crise ética e moral sem precedentes, que envolve diversos setores da administração governamental. É uma afronta a todos que trabalham pela saúde dos brasileiros. Por isso, fomos às ruas protestar, em um movimento apartidário, contra o subfinanciamento e o fechamento dos leitos públicos. Não abriremos mão de cuidar de nossos pacientes, mas precisamos, no mínimo, de um governo que se comprometa tanto quanto nós na incansável batalha pela Saúde do País.

Obrigado, colegas!

 


OPINIÃO

Precisamos resgatar a ética

Roberto Lotfi*

 

Vivemos em tempos de revisão de valores, em que muitos paradigmas estão sendo quebrados em função de novos comportamentos e de novas descobertas. Na Medicina, o avanço científico é tamanho que ou vivemos nos atualizando ou deixaremos de prestar um atendimento de qualidade por falta de conhecimento. Mas há um ponto em nosso exercício profissional que está mudando, e para pior: a importância que devemos dar à ética em nosso dia a dia.

Há quase 2.500 anos, ao se tornar o “Pai da Medicina Ocidental”, Hipócrates já nos dava as linhas gerais dos nossos preceitos éticos. Quando nos formamos e fazemos o seu juramento, comprometemo-nos com o exercício profissional, regido pelo Código de Ética Médica. Mas a modernidade vem corrompendo alguns pontos, e um dos mais afetados é o sigilo médico em relação ao paciente.

“Aquilo que, no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto”. Com essas palavras do juramento de Hipócrates, todo médico se compromete a manter sigilo sobre o que toma conhecimento, garantindo ao paciente que não haverá revelação indevida de algo relacionado à sua saúde.

Este preceito está explícito no capítulo 9 do Código de Ética Médica. Só que a cadeira de Deontologia tem cada vez menos o interesse dos alunos, voltados para as questões práticas e sem paciência para questões filosóficas.

Os imediatismos e a pouca reflexão da realidade nos levam a uma mudança de comportamento arraigada às novas gerações que, muitas vezes, compromete o cumprimento da ética. Estou falando das mídias eletrônicas e suas redes sociais, em que informações são repassadas em um clique e de forma leviana – não foram raros, nos últimos meses, os casos de exposição de dados sigilosos de pacientes na comunicação entre amigos de um mesmo grupo virtual, pondo às claras a grave crise por que passa a prática médica.

No exercício de nossa profissão, estamos comprometidos com a saúde de nossos pacientes. É por eles que estudamos horas a fio.Expô-los em redes sociais ou em qualquer outro meio é quebrar a confiança que todos deveriam ter no médico. É antiético, e quem perde com isso tudo é a Medicina e a Saúde do País.

 

(*) Roberto Lotfi é conselheiro do Cremesp. 


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