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Entrevista


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Crônica


PÁGINAS 14, 15, 16 E 17
Dossiê: Reprodução Assistida - História


PÁGINAS 18,19 E 20
Dossiê: Reprodução Assistida - Em foco


PÁGINAS 21 E 22
Dossiê: Reprodução Assistida- Vanguarda


PÁGINA 23
Dossiê: Reprodução Assistida - Repercussão


PÁGINAS 24, 25, 26, 27, 28, E 29
Dossiê: Reprodução Assistida- Debate


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Tecnologia


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Opinião


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Solidariedade


PÁGINAS 39,40,41 E 42
Turismo


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Agenda Cultural


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Resenha


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Fotopoesia


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Edição 87 - Abril/Maio/Junho de 2019

PÁGINAS 34 e 35

Opinião

A cigarra e a formiga na vida do médico

Por Ciro Gatti*

Então você se graduou, começou a trabalhar e a ganhar o seu dinheiro? Parabéns! Muito provavelmente você se tornou um calouro no mundo das finanças e isto aconteceu porque a maioria dos médicos brasileiros não teve, durante a sua formação escolar e profissional, nenhum tipo de educação financeira. No entanto, esse novo começo não é um problema, mas ignorá-lo pode tornar-se um, que refletirá na sua qualidade de vida em longo prazo. Mas os fatores que podem levá-lo a um futuro menos confortável podem ser facilmente identificados, evitados e revertidos. Estando no auge de sua força laboral, o jovem médico logo começa a trabalhar em longas jornadas, incluindo períodos noturnos e finais de semana, em plantões e visitas, por exemplo. A enorme responsabilidade provoca saudades do cotidiano da faculdade, mas, em contrapartida, o mês se encerra trazendo a recompensa do seu esforço e dedicação. A chegada desses valores na conta bancária é um fato digno de comemoração. Afinal, são os primeiros recebidos como médico, após tanto tempo de estudos e, diga-se de passagem, é uma receita muito acima da média brasileira. Mas essa nova realidade também faz com que muitos dos seus sonhos de consumo voltem a habitar seus pensamentos, incluindo viagens, carro, smartphone e roupas, entre outros. Vislumbrando esse mundo de bens até então inalcançável é fácil se iludir tanto com a felicidade de saber que hoje pode comprar o que deseja, quanto com o sentimento de recompensa pelo trabalho duro, ao realizar a compra. E é neste ápice de alegria gerado pela recompensa ao esforço, diante das novas possibilidades de consumo, que o seu caminho pode guinar para uma direção prazerosa em curto, mas perigosa no longo prazo. Se você se lembrou da fábula de Esopo sobre a cigarra e a formiga, na qual a primeira apenas cantava no verão e a segunda trabalhava para garantir a sobrevivência no inverno, parabéns novamente. Você acabou de diagnosticar o futuro financeiro de quem não pensa na velhice. Concluímos, então, que devemos trabalhar como formigas até a aposentadoria? Certamente não, assim como não devemos cantarolar como cigarras até lá. A vida é agora, e continuará sendo até o seu fim. Mas o equilíbrio entre cantar e trabalhar deve ser buscado, para que o inverno não seja temido, mas desfrutado como no verão. Com algumas orientações e atitudes, será possível guardar dinheiro mesmo cursando um programa de Residência Médica, cuja bolsa, sabidamente, não provê a renda dos sonhos. O ato de poupar, sejam quais forem os investimentos escolhidos, será a base de uma trajetória tranquila para um futuro saudável financeiramente. Dessa forma, um passo inicial pode ser analisar o seu comportamento, levantando minuciosamente os seus gastos durante um mês, classificando-os em categorias. Uma planilha ou mesmo um app de finanças pessoais (há opções gratuitas disponíveis) o ajudará a enxergar o que você faz com seu dinheiro. Diante destes dados, você pode reduzir os gastos supérfluos, distribuindo melhor
os seus recursos. Conhecendo sua renda, será preciso apenas um pouco de estratégia para guardar parte dela de forma a não comprometer suas despesas e o lazer. Entender quanto de seu salário será necessário poupar é fundamental para garantir um inverno tranquilo, assim como saber que suas despesas irão variar conforme o tempo e condições familiares. Valores em torno de 20 a 30 por cento da renda total são sempre apontados por especialistas como suficientes para uma aposentadoria confortável. Evidentemente, quanto mais se poupa hoje, menos será necessário fazê-lo no futuro
para atingir seus objetivos. Tendo esses conceitos estabelecidos, existem diversas estratégias para implementá-los e atingir a meta traçada. Embora seja um assunto complexo e um campo de estudo em si, quatro simples ações podem ser rapidamente adotadas para facilitar a cultura de poupar. Primeiro, é importante considerar que quantia é valiosa em longo prazo. Portanto, se houver qualquer excedente, invista-
o assim que possível. Se não for capaz de controlar seus gastos até o fim do mês, invista assim que receber seu salário. Você será obrigado a se adequar ao longo do mês. Em terceiro lugar, não atrase suas contas: os valores de juros e multas poderiam estar rendendo para você e não o contrário. E por último, o mercado oferece especialistas que podem orientar suas aplicações conforme o seu perfil de investidor e objetivos. Na dúvida, procure-os.

*Médico emergencista e nefrologista, coordenador do Pronto-Socorro Clínico do Hospital Santa Marcelina e delegado do Cremesp


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